Apesar de novela ser um programa arraigado na cultura do brasileiro, nem só de folhetins de sucesso que o país vive. Principalmente fora do horário nobre, algumas novelas decepcionaram muito o público e a crítica. O mais recente exemplo desse fenômeno é a trama de Bosco Brasil, “Tempos Modernos”. O atual folhetim das sete obtém média de 26 pontos na primeira semana, quando a média do horário é 30 pontos.
“Tempos Modernos” escorrega em alguns buracos que outras já deslizaram. A novela começou com o inusitado enredo de um computador “controlando” a vida dos personagens centrais. Como não caiu no gosto do povo, a máquina controladora sumiu misteriosamente. A personagem de Grazi Massafera era uma vilã de quadrinhos que lutava kung fu, depois virou uma andróide e agora, na reta final, é uma menininha romântica.
O grande vilão Guilherme Weber foi outro que sumiu no meio da trama e voltou agora como o irmão gêmeo do personagem inicial. Pior. O mal agora é um bom padre. Outra medida desesperada da produção da novela foi trocar a música de abertura. Medida essa que já não deu certo no começo dos nos 2000, com “Vila Madalena”.
“Vila Madalena”:
A novela de Walter Negrão tentou estancar a vertiginosa queda de audiência da Globo em São Paulo. O autor ambientou a história no vanguardista bairro da Zona Oeste da capital paulista, mas nem assim conseguiu conquistar o coração e a atenção dos paulistanos. A novela tentou inovar e não escolheu uma música tema para a abertura, todo dia uma nova canção era escolhida pela produção. Oscar Magrini, o intérprete de Aricanduva, se desentendeu com a Globo e foi demitido no meio do contrato.
“Beijo do Vampiro”
Depois de “Desejo de Mulher” devolver a dignidade ao horário das sete, a Globo apostou em “Beijo do Vampiro”. Os executivos da emissora do Jardim Botânico acreditavam que o estrondoso sucesso de “Vamp” se repetiria, mas aconteceu exatamente o contrário. “Desejos” entregou o horário com 32 pontos de média e “Beijo” encerrou com apenas 28.
“Bang Bang”
Entre “Beijo do Vampiro” e “Bang Bang” a Globo exibiu o maior sucesso da história do horário: “Da Cor do Pecado”. Certos de um novo sucesso, os executivos apostaram em um folhetim ambientado no velho oeste. A primeira novela faroeste da história. Poderia ter passado sem essa. O grande escritor Mario Prta estava afastado das novelas há muitos anos e não acertou a mão. Fernanda Lima era linda, e só isso. Não conseguiu segurar a audiência e terminou com o pior índice da história: 27 pontos.
“Beleza Pura”
Nem atores experiente como Edson Celulari, Humberto Martins, Kadu Moliterno e Zezé Polessa conseguiram segurar o público no sofá. A única que se salvou na novela foi Isis Valverde, que imortalizou a personagem Rakelly e conseguiu um lugar no panteão dos artistas que chamam os telespectadores para assistir um programa.
Fonte: (Chiado- Abril)
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